A Alfafa é uma leguminosa perene, originária da Ásia Menor e do Sul do Cáucaso, que apresenta grande variedade de eco tipos. Foi à primeira espécie forrageira a ser domesticada. Sua característica de adaptação a diferentes tipos de clima e solo fez com que se tornasse conhecida e cultivada em quase todas as regiões agrícolas do mundo. É considerada a "rainha das forrageiras" pelos norte-americanos, por seu elevado valor nutritivo, bem como por produzir forragem tenra e de boa palatabilidade aos animais.
A alfafa é muito nutritiva, apresentando importantes qualidades como forrageira e níveis nutricionais muito superiores aos de outras fontes de alimentos habitualmente utilizados em nossa pecuária.
A Alfafa é uma planta de origem temperada, porém apresenta uma enorme gama de variações genéticas com variedades de cultivares adaptadas aos climas temperado, subtropical e tropical. É extremamente exigente em fertilidade do solo, sendo a leguminosa mais adaptada a solos neutros ou alcalinos (ph 6,5 a 7,5); entretanto ela pode crescer em solos moderadamente ácidos. Requer solos férteis, textura média, bem estruturada, profundos e permeáveis, com boa porcentagem de matéria orgânica. Cultivada desde 200 a 3.000 m acima do nível do mar; porém sua melhor adaptação fica entre 700 a 2.800 m de altitude. A Alfafa tem alta exigência por Fósforo, Potássio, Enxofre, Molibdênio, Boro e Zinco quando cortada freqüentemente para produção de feno.
A Alfafa pode ser utilizada como forragem verde e conservada (feno e silagem), pastejo direto, concentrado, alimento humano e adubo verde.
A Alfafa apesar de ser uma das forrageiras mais difundidas em países de clima temperado, recentemente a alfafa tem sido cultivada com sucesso em ambientes tropicais. No Brasil, até 1968, o Estado do Rio Grande do Sul respondia por mais de 70% da área cultivada com alfafa, pelo fato de as condições climáticas serem mais favoráveis às cultivares da época. Porém, atualmente, verifica-se aumento da área plantada com Alfafa nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, em função da crescente implantação de sistemas intensivos de produção com bovinos de leite, o que, conseqüentemente, tem aumentado a demanda por alimentos de alto valor nutritivo.